Ministério Publico afasta Desembargador no caso Indiano que envolve suposto Pré-Candidato a prefeito de Vila Velha do PL
Postado 16/03/2024 22H51
Por Roberto Junquilho
Desembargador se dá por suspeito e retarda análise investigativo de político do PL.
Thiago Oliveira do Nascimento (centro), circulou em diversas redes sociais com políticos bolsonaristas anunciado sendo pré-candidato pelo PL (ES).
Preso desde o último dia 23 de Janeiro de 2024, o empresário e político Thiago Oliveira do Nascimento, apontado como pré-candidato a prefeito de Vila Velha pelo Partido Liberal (PL) foi denunciado por estelionato , por um empresário indiano, Tiago permanecer preso até ter seu pedido de habeas corpus ser analisado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). que Parou repentinamente as investigações. no dia (29) passado, o desembargador Fernando Zardini Antonio, se deu por suspeito para atuar nos autos, postergando a decisão até a indicação de outro magistrado.
Thiago foi preso com um forte arsenal de armas em sua residência, como: rifles, pistolas e outros artefatos de arma de fogo. Thiago está no Complexo Penitenciário de Viana (Centro de Detenção Provisória II) e teve a prisão temporária decretada, que expirou no dia 27, e recebeu prorrogação para o dia (2) Fevereiro, pelo Juízo da Segunda Vara Criminal de Vila Velha, a pedido do Ministério Público.
Ao se declarar suspeito, o desembargador Fernando Zardini Antônio escreveu: "Em ordem, a fim de evitar nulidade futura fundada em possível alegação de parcialidade deste magistrado deu-me por suspeito por motivo de foro íntimo para funcionar nestes autos, na forma do que dispõe o artigo 145 parágrafo 1º do Código de Processo Civil c/c o artigo 192 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça".
O pedido de habeas corpus foi impetrado pelo escritório dos advogados Antônio José Ferreira Abikair e Israel Domingos Jório. No documento, eles contestaram a prorrogação da prisão temporária e apontam: "Os motivos em que se funda a decisão estão longe de se prestar à caracterização da "extrema e comprovada necessidade", exigida pelo caput do art. 2º do diploma legal em comento como requisito inafastável da prorrogação da prisão temporária".
Thiago Oliveira do Nascimento, apoiador de Jair Bolsonaro e ligado ao grupo do senador Magno Malta, ambos do PL, chegou a ser apresentado em cards nas redes sociais como pré-candidato a prefeito de Vila Velha pelo presidente municipal da legenda, Carlos Salvador, que supostamente recebeu um carro de presente de Thiago, Ele que aparece com Thiago Oliveira em fotos, juntamente com o deputado federal Gilvan da Federal, do mesmo partido. Procurado pelo jornalista Roberto Junquilho, do jornal Século Diário, Carlos Salvador não quis se manifestar sobre o assunto.
Os advogados que o empresário indiano encaminhou ao Ministério Público do Estado do Espírito Santo, com uma Notitia Criminis dando conta da alegada realização de delito de extorsão por parte Thiago Oliveira do Nascimento.
"Apresentando uma longa lista de mensagens de texto atribuídas pela vítima chamado de Indiano, Thiago Oliveira do Nascimento, afirmou-se que o paciente, valendo-se de ameaças, teria logrado êxito em receber do bem-sucedido empresário indiano milhões de dólares. As ameaças consistiriam na ampla divulgação, para esposa, familiares, colegas de trabalho e o público em geral, de imagens e de informações sobre caso extraconjugal mantido pela suposta vítima com uma brasileira por aproximadamente seis anos", ressaltam.
Contestam que embora a denúncia "impute a autoria do ilícito penal exclusivamente ao paciente Thiago Oliveira do Nascimento, sem nem ao menos insinuar a possibilidade de configuração de crimes como organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/13) ou associação criminosa (art. 288 do Código Penal), a condução das apurações, por motivos incompreensíveis, ficou a cargo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)" e não ao Ministério Público e a Policia federal por se tratar de uma Vítima Internacional. O Ministério Publico informou, que não recebeu denúncia formal para investigar o caso, e que o desembargador responsável não atua nas alegações dos autos.
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